quarta-feira, maio 03, 2006

Dublin, what a city!


Portanto, eu tenho de há muito esta empatia com tudo o que é celta, uma certa congenialidade espiritual com aquele sentir as coisas que W.B. Yeats foi buscar aos antepassados para pôr na sua poesia, e tinha de ir à Irlanda. Fui.
E lá me fui tentar entranhar como podia na cidade de Dublin (e só Dublin porque para o resto era curto o fim-de-semana) e na maneira de viver daquela gente que acabei por descobrir ser mais do que se possa pensar, de simpatia autêntica e afabilidade genuína que dá vontade de trazer um irlandês para ter em casa, como se fosse um Leprechaun.
Calhou, ainda por cima, no fim de semana em que passavam 90 anos sobre a Revolta da Páscoa, rebelião patriótica esmagada pelos britânicos que lançou a independência da Irlanda. Não que houvesse muito assinalado, para além de uns cartazes (o centenário de Beckett estava mais presente), mas para mim esse ambiente temporal conta.
Lá fui à procura da cidade de rebelião política, da cidade literária de Joyce, Yeats e Wilde. Estava lá tudo à minha espera.
Aqui vai poder-se ver, aos poucos, o que por lá há.